Ela é o tipo perfeito da ariana,Branca, nevada, púbere, mimosa,A carne exuberante e capitosaTrescala a essência que de si dimana.As níveas pomas do candor da rosa,Rendilhando-lhe o colo de sultana,Emergem da camisa cetinosaEntre as rendas sutis de filigrana.Dorme talvez. Em flácido abandonoLembra formosa no seu casto sonoA languidez dormente da indiana,Enquanto o amante pálido, a seu ladoMedita, a fronte triste, o olhar veladoNo Mistério da Carne Soberana.
"Augusto dos Anjos"
Nenhum comentário:
Postar um comentário