sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Teia







O mistério de fungar a noite só
Uma agônia constante
Sem suor e com muita dor.
Sem poder respirar nem pensar
A minha garganta arranha um choro calado
De um passado dolorido, e um futuro incerto
Que eu não, que eu não...
O infarto vem, e não consigo mais pensar,
O álcool me deixou intacta, me congelou.
Me congelou num tempo, um segundo infinito.
Uma vida de teatro, de algo que nunca fui.
Sou da noite uma máscara, para que as estrelas não me enxerguem.
Não vejam o que sou.
Apenas um sorriso falso, no meio da multidão.
E o pulmão ainda insiste em respirar,
É como uma teia de aranha,
A vida é como uma teia de aranha.

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