quinta-feira, 5 de abril de 2007


A cada passo um compasso da poesia
Compasso esse, que sem ritmo
Não segue a música nem melodia
O viver é a bailarina do conviver.
Instável conviver de nós mesmos
A poesia são palavras avulsas que cantam dentre meus dentes
Palavras essas que rasgam meu peito
Cegam meus olhos
Ensurdecem meus ouvidos .
O desafinado som da poesia
Que não busca objetivos
Nem quer o além
Pobre do poeta que esperar algo da poesia
Pois só lhe restará as rimas bem desditas


A cada passo um compasso do poeta
A cada compasso um passo em falso do poeta
Uma frase mal feita do poeta,ainda é um poeta!
De passos mal dados do poeta
Cinzas jogadas pelo caminho do poeta
Mau passo dado para o espelho segue o reflexo do poeta
Palavras desditas,em um dia errado do poeta
Na chuva, o descaminho, que ajudou a seguir o poeta
De joelhos o poeta ficou ,diante do sol
Voando na hora da lua
Quando a maldita desdita veio visitar o poeta
Querendo rejeitar o poeta
Por apenas ser um nobre poeta
Querendo se casar com a poesia


A cada passo um compasso
A cada dia um novo dia
A cada lua uma estrela
O passo e o compasso
Em sintonia,com o ritmo de sua dança
Sua dança de passos largos
Errantes canibais de nossas palavras mal ditas
Rodeados de mentiras bem ditas
De vidas opostas contornadas pelas lembranças do passado
De um poeta que casou com a poesia.
Madana Mohana

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